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Matéria postada em 13/09/2022
Dia mundial da sepse: conheça a doença e seus principais fatores de risco

O dia 13 de setembro é marcado como o dia mundial da Sepse, ou seja, doença caracterizada como um aglomerado de manifestações causadas por uma infecção no organismo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença é a principal ocasionadora de óbitos em unidades de tratamento intensivo (UTIs). Somente no Brasil, é estimado que a sepse mata 240 mil pacientes por ano, enquanto 11 milhões de pessoas ao redor do mundo, dentre elas, crianças e idosos.

O que é a sepse?

É uma síndrome caracterizada por anormalidades fisiológicas, patológicas e bioquímicas induzidas pela infecção. É definida como uma disfunção dos órgãos causada por uma resposta descontrolada do hospedeiro à infecção e que coloca em risco a vida do paciente.

 

Você sabia que:

– 600 mil pessoas morrem todo ano de sepse no Brasil?

– A sepse é responsável pela ocupação de 25% dos leitos das Unidades de Terapia Intensiva?

– A mortalidade chega a 65% dos casos no Brasil e é a principal causa de morte nas Unidades de Terapia Intensiva?

– Que a melhora do prognóstico está diretamente correlacionada com a rapidez com que é feito o diagnóstico e com a imediata administração da terapia adequada ao paciente?

– O tratamento dos pacientes com sepse é o principal gerador de custos hospitalares?

(dados do ILAS)

 

Sintomas

Os principais sintomas da doença podem variar bastante de acordo com cada indivíduo, como por exemplo:

- Febre;

- Hipotermia (diminuição brusca da temperatura do corpo)

- Taquipneia (respiração acelerada e curta)

- Edema (inchaço perceptível em alguma parte do corpo)

- Queda da pressão arterial

- Aumento exagerado da frequência cardíaca

- Dispneia (falta de ar ou dificuldade respiratória)

- Agitação

- Fraqueza extrema e sonolência

- Diminuição da quantidade de urina

- Estado de desorientação ou confusão mental

- Vômito

 

Fatores de risco

A sepse é capaz de atacar qualquer indivíduo e com idades variadas. Porém, há fatores de risco que necessitam de maior atenção para evitar um quadro mais agudo do problema. Recém-nascidos prematuros, idosos e pacientes com imunodepressão, ou seja, indivíduos que estejam no processo de quimioterapia ou sejam portadores de HIV ou diabetes, são os principais fatores de risco da sepse.

Além disso, pacientes com doenças crônicas também necessitam de atenção redobrada, como por exemplo, indivíduos que possuam insuficiência renal e cardíaca, dependentes de álcool e drogas, transplantados, e pessoas com presença de grandes hematomas na pele causadas por queimaduras ou trauma.

Vale destacar que, se não for diagnosticada e tratada rapidamente após o surgimento dos primeiros sintomas, a sepse é capaz de evoluir para um choque séptico, ou seja, falência circulatória que pode ocasionar o comprometimento de múltiplos órgãos, como pulmões, rins e fígado. Tal incidente ocorre devido ao fato do agente infeccioso cair na corrente sanguínea e direcionado para outros locais do corpo.

           

Diagnóstico

Atenção às possíveis alterações nos quadros clínicos dos pacientes é a principal maneira de identificar a sepse através do profissional de saúde, uma vez que uma infecção generalizada pode se desvendar após alguma indisposição que tenha deixado o organismo atento.

Dessa forma, em caso de suspeita, o profissional deve realizar exames clínicos e laboratoriais para avaliação. Hemogramas, por revelar mudanças nos sinais de glóbulos brancos, auxilia no processo de confirmação do processo inflamatório. Além disso, a hemocultura é capaz de isolar o microrganismo patogênico que causa a infecção e, desta forma, auxilia o médico na definição de medicamentos e tratamentos mais eficientes.

 

Profissional especializada

De acordo com Adriana Aparecida de Paiva, enfermeira da Unidade de Terapia Intensiva da Santa Casa de Passos e Coordenadora do Protocolo Institucional de Sepse da Instituição, a sepse não ocorre somente em ambientes hospitalares. “Pelo menos metade dos casos de sepse ocorrem em decorrência de infecções comunitárias, por exemplo, pneumonia e infecção urinária. Porém, as infecções hospitalares são mais frequentes”, afirmou.

Além disso, para a enfermeira, a sepse pode comprometer vários locais do corpo. “Com a sepse, o cérebro não funciona direito, causando sonolência, confusão e agitação. O pulmão também pode não funcionar corretamente durante a infecção, com uma respiração ofegante e, por fim, o coração pode não funcionar direito, causando fraqueza no paciente e pressão mais baixa, uma vez que a circulação de sangue não funciona da maneira correta, entre outros”, disse.

“A mortalidade da sepse no Brasil é bastante elevada. Estudos mostram que a mortalidade de pacientes com a infecção que vão à UTI é bastante elevada. Quando a sepse é reconhecida precocemente e tratada adequadamente, a mortalidade é substancialmente reduzida, uma vez que o tratamento é bastante simples, ao colher alguns exames e iniciar a medicação com antibiótico”, finalizou Adriana.

13/09/2022
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Dia mundial da sepse: conheça a doença e seus principais fatores de risco

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