O comitê de Humanização da Santa Casa de Misericórdia de Passos criou o projeto “Santa Casa sem tabaco”, que busca reforçar a Lei Federal 9294/96, que restringe o uso e a propaganda de produtos relacionados ao fumo. Com o tema “Cuide do seu e do nosso jardim”, a campanha explora que as unidades de saúde, dentro do sistema de atendimento e cuidado à vida, funcionam como um importante exemplo para a população e não devem fomentar hábitos prejudiciais à mesma.
Gabriela de Macedo Guedes, coordenadora do comitê, reforçou que a ideia é trazer mais qualidade de vida para todos os usuários do espaço do hospital, além de promover um ambiente mais sustentável e focado em políticas ambientais “Ficamos muito preocupados com o tabagismo dentro do hospital, e por sermos vitrine de um estilo de vida voltado à saúde, buscamos projetos que cessassem o uso do cigarro dentro da instituição, que além de deixar o ambiente contaminado, prejudicava os funcionários, pacientes e acompanhantes”.
Algumas das diretrizes são: Criar e capacitar agentes mediadores; disseminar continuamente o conteúdo, campanhas, seminários e palestras; elaborar um protocolo clínico para pacientes internados e tornar o ambiente de trabalho mais sustentável e saudável.
Superintendente técnico da SCMP e cardiologista, doutor José Ronaldo Alves, alertou a população sobre os hábitos de tabagismo “O tabagismo é um fator que aumenta o risco de ocorrência de doenças cardiovasculares, pois forma placas de gordura nos vasos sanguíneos; aumenta a pressão arterial e a frequência cardíaca; induz a resistência à insulina e diabetes e produz inflamação e trombose. Além disto, a inalação de monóxido de carbono reduz a quantidade de oxigênio transportado pelo sangue”, explicou.
“Esse projeto propõe uma mudança coletiva e autossustentável, de grande importância para diminuir risco de doenças e eliminação da poluição”, finalizou o médico.
Em um primeiro momento, o comitê de Humanização propôs a coleta de bitucas de cigarro em um dos pontos mais utilizados pelos fumantes, de maneira a limpar o ambiente e realizar tarefas de conscientização.
Durante uma semana, foram coletados 2.673 restos de cigarro. Para Gabriela, a ação pode gerar frutos presentes e futuros “Com essa coleta e o ambiente ficando mais limpo desses resquícios, as pessoas automaticamente se mobilizam e evitam fumar no local. Queremos trazer uma benfeitoria para todos, tanto as pessoas que frequentam nossos espaços, como promover uma consciência de cuidado com o meio ambiente e com o próximo”, finalizou a fisioterapeuta respiratória.